UMA CONVERSA COM O ESCRITOR PEDRO SILVA
Helena Emília Bortoloti
Licenciado em História - Minor Cultura e Religião, Cidadão Honorário de
Cidade Velha (Ribeira Grande de Santiago - Cabo Verde), Consultor Literário.
Editor. Com mais de cinquenta livros publicados, em países tão díspares quanto
Portugal, Brasil, Espanha ou Chile, o autor português Pedro Silva (1977) tem,
igualmente, produzido títulos em diversas áreas temáticas, tais como o ensaio
histórico, a ficção, o roteiro turístico ou mesmo os contos. Para, além disso,
o escritor tem-se dedicado igualmente a colaborar com diversos jornais
portugueses, assim como revistas em Portugal e Brasil, tais como «História
Viva», «Desvendando a História» ou «Aventuras na História». Foi ainda Editor de
Edições Série B (Portugal).
Helena - Para que o conheçamos, quem é Pedro Silva?
Resposta: Acima de tudo, um escritor e historiador. Alguém que vem
labutando, imenso, pela concretização do seu sonho de transmitir algo aos seus
leitores. Nasci na cidade portuguesa de Tomar em 1977 e, de momento, tenho 56
livros publicados.
Helena - Como e desde quando surgiu está vocação de ser escritor?
Resposta: Desde que me recordo que havia, em mim , um forte interesse em
ser escritor. Era uma criança introvertida e aproveitava o tempo para ler. Do
gosto da leitura nasceu, de forma natural, a paixão pela escrita.
Helena - Quais foram os escritores que te influenciaram no mundo
literário?
Resposta: Inicialmente, Enid Blyton. Mais tarde, Franz Kafka e Sue
Townsend.
Helena - Vejo que tem muitos livros publicados. De todos estes livros
qual você mais gostou de escrever?
Resposta: Para um escritor (ao menos para mim) um livro é um “filho de
papel ?. Como tal, é
extremamente difícil preterir alguns em favor de outros. Porém, no momento de
criação prefiro os ensaios históricos.
Helena - Qual seu público – alvo ?
Resposta: Atendendo a que já publiquei livros em diversos estilos
literários – ficção infantil, juvenil, romance, contos, crónicas, e ensaio – é
difícil definir exactamente o público-alvo, ainda que (levando em conta a minha
maior propensão para a História) acredite que os apaixonados pelo passado sejam
aqueles mais atraídos pelos meus textos.
Helena - Em sua opinião o que se pode fazer para motivar as pessoas a se
interessarem mais pela leitura?
Resposta: Creio que a resposta a isso é bem simples: se derem divulgação
mediática a um escritor da mesma forma que dão a um actor, futebolista, etc.,
garantidamente que os livros passarão a ser mais vendidos e lidos, assim como
os escritores mais (re)conhecidos pelo seu labor.
Helena - Em que sentido seus livros podem contribuir para um
enriquecimento cultural das pessoas?
Resposta: Tendo em conta que procuro, nos meus livros, proporcionar uma
escrita acessível a todos os leitores (e não apenas aos eruditos), julgo que
será esse o meu melhor contributo para passar a informação a todos aqueles, que
para isso estejam disponíveis.
Helena - Como você se sente sendo tão jovem e já com uma bagagem tão
grande neste mundo literário?
Resposta: Na realidade, considero que estou apenas a «aprender a
gatinhar» no mundo literário, a dar os primeiros passos. Sinto que, a cada dia,
tenho de melhorar, aprender e tudo fazer para que o leitor aprecie os meus
humildes escritos.
Helena - Como surgiu esta interação com o Brasil?
Resposta: Surge com o advento das novas tecnologias, nomeadamente o
correio electrónico, que me proporcionou contactar (de forma rápida e a baixo
custo) editores brasileiros e enviar os livros para análise. Estávamos em 1997
e, de lá para cá, fui-me tornando praticamente um «brasileiro adoptivo»,
levando em conta que muitos dos meus leitores nem sabem qual o meu país de
origem, atendendo à profusão de títulos lançados no país - irmão.
Helena - Em que você se inspira para escrever seus livros?
Resposta: No caso da ficção, existem momentos em que me sinto mais
motivado para a escrita. Depende de uma imensidão de fatores. No que diz
respeito ao ensaio, não se trata de inspiração, mas de dedicação, posto que
estamos a falar de investigação e pesquisa diversa.
Helena - Se não fosse escritor o que gostaria de ser?
Resposta: Creio que teria perfil para ser Médico ou Padre. A preocupação
com os outros é, em mim , uma realidade constante e, enquanto escritor, cabe-me
a tarefa de proporcionar algo a quem me lê, seja informação ou lazer.
Helena - Que conselho daria para alguém que deseje seguir esta carreira
de escritor?
Resposta: Apesar de ser uma resposta típica, o certo é que me parece
funcionar bastante bem: ler muito. Sem leitura não há escritor.
Helena - Já tem algum projeto editorial em vista? E sobre o que pretende
escrever?
Resposta: Um escritor tem sempre idéias e projetos que, muitas vezes,
podem não se concretizar. Regra geral, a mente de um escritor fervilha. No meu
caso, atualmente, encontro-me na fase de pesquisa. Pretendo escrever nova obra
no âmbito da História.
Helena - Para terminar gostaria que deixasse uma mensagem para todos nós
do Jornal Raizonline.
Resposta: Conheço relativamente bem o projeto cultural Raizonline –
nomeadamente pelo contacto com a Sr.ª Arlete Piedade – e devo frisar que é
muito importante na divulgação da cultura de língua portuguesa. Apenas posso
dar-vos os parabéns e desejar que continuem a trabalhar em prol de todos
aqueles que amam Portugal, Brasil e todos os restantes países lusófonos.
Helena - Obrigada.
Resposta: Eu é que lhe agradeço cara Helena Bortoloti, a simpatia e o
interesse nesta entrevista, permitindo-me transmitir um pouco do meu percurso
aos vossos estimados leitores. Um bem-haja.
Eu Helena agradeço por ter disponibilizado do seu tempo para que esta
entrevista pudesse ter sido realizada. Muito Obrigada.
Helena Emília.
http://www.raizonline.com/cinquentaedoisaaa.htm