
Inundo todas as palavras Com a saliva ritmada de poesia E verto-me entre as ilhas da noite, O sentimento percorre-me com aforismos de sangue, Que só a mente dissolve num arco-íris inteligível. Bebo todas melodias líquidas, Onde se afundam as palavras num crer de desejo. Degluto a sede da madrugada, Com o corpo da primavera Que trauteia sobre o jardim palpitante. Beijo o odor queimado no seu esplendor de estrela E vago na insistência...