sábado, 5 de fevereiro de 2011

MAZZAROPI, O CAIPIRA

MAZZAROPI, O CAIPIRA



Nasceu em São Paulo, SP, em 09 de abril de 1912. Aos dezesseis anos foge de casa para ser assistente do faquir Ferri. Em 1940, monta o Circo Teatro Mazzaropi e cria a Companhia Teatro de Emergência. Em 1948 vai para a Rádio Tupi, onde estréia o programa Rancho Alegre. Em 1950, inaugura a televisão no Brasil e para lá leva seu programa, com estrondoso sucesso. Abílio Pereira de Almeida, então produtor e diretor da Vera Cruz, procura um tipo diferente e curioso para estrelar uma comédia. Quando vê Mazzaropi na televisão, não tem dúvida e contrata-o para atuar em SAI DA FRENTE (52). O sucesso popular é tanto que Mazzaropi acaba se dedicando praticamente ao cinema. Participa de oito filmes como ator contratado e, em 1958, funda a Pam Filmes, Produções Amacio Mazzaropi. A partir daí, passa a produzir e dirigir seus filmes, sendo sua primeira produção CHOFER DE PRAÇA, em que ele emprega todas as suas economias. Com o filme pronto, falta dinheiro para fazer as cópias. Pega seu carro e sai pelo interior a fora fazendo shows até conseguir arrecadar a quantia necessária. O filme estréia e faz muito sucesso. O pano de fundo de quase todos os seus filmes é sempre uma fazenda, primeiro emprestada e depois a sua própria, chamada Fazenda da Santa, onde monta seus estúdios. Ali atravessa sua mais fértil fase e produz seus melhores filmes como TRISTEZA DO JECA (61) e MEU JAPÃO BRASILEIRO (64). Com o tipo "JECA", o caipira de fala arrastada, tímido, mas cheio de malícia, arrasta multidões aos cinemas. Lança um filme por ano e sempre em 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, e no cine Art-Palácio, que ele adota para lançamento das películas, pois o dono do cinema foi o que mais lhe apoiara no início da carreira de produtor. Fica milionário e paralelamente produz leite também, sendo um dos maiores fornecedores da empresa Leites Paulista. No início dos anos 70 constrói novos estúdios e um hotel, também em Taubaté. Artista nato e empresário com muito tino comercial, é também desconfiado e solitário. Nunca se casa, mas tem um filho adotivo, Péricles, que o ajuda na produção dos filmes. Morre em 13 de junho de 1981, aos 69 anos de idade, vítima de câncer na medula, logo após iniciar sua 332 produção, JECA E A MARIA TROMBA HOMEM. O império que constrói é dilacerado pelos herdeiros após sua morte, com todos os seus bens indo à leilão, inclusive os filmes. O Hotel-fazenda onde está seu estúdio, continua existindo, agora, com o nome de Hotel Fazenda Mazzaropi, mantenedor do Museu Mazzaropi com um acervo de mais de 6.000 peças. Mazzaropi é sem dúvida o maior comediante do Cinema Brasileiro. Seu nome é sinônimo de sucesso e respeitado por todos, inclusive os críticos, que não gostam de seus filmes, mas se rendem ao seu talento. Construiu um estilo que será sempre imitado mas jamais superado. Como disse Paulo Emílio Salles Gomes, "O melhor dos filmes de Mazzaropi é ele mesmo". (Fonte: "Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro", de Antônio Leão da Silva Neto).



VISITE TAMBÉM O MUSEU MAZZAROPI



Texto extraído do site Cine Brasil











O CAIPIRA NA CULTURA BRASILEIRA

O caipira na cultura brasileira


O caipira foi estigmatizado por Monteiro Lobato, que conheceu apenas o caipira caboclo, tomando-o como paradigma e protótipo de todos os caipiras.
O cineasta Amácio Mazzaropi criou uma personagem, nos anos de 1950, que fez muito sucesso no cinema brasileiro: O Jeca, inspirado no caipira branco (Mazzaropi tinha ascendência italiana).
O cartunista Maurício de Sousa também tem um personagem caipira nas histórias da Turma da Mônica que é o Chico Bento: um menino caipira que representa o confronto da cultura caipira com a urbanização do Brasil. Notável é o fato de as falas nas historietas em quadrinhos do "Chico Bento" serem escritas no dialeto caipira, em vez do português culto, contudo as falas se tornam justificáveis por serem utilizadas em negrito, tecnicamente o erro ficaria subentendido.
O caipira foi retratado com precisão e maestria pelo pintor José Ferraz de Almeida Júnior nas suas obras-primas "caipira picando fumo" e "violeiro".
O maior estudioso do caipira foi Cornélio Pires que compreendeu, valorizou e divulgou a cultura caipira nos centros urbanos do Brasil. Cornélio Pires em sua obra Samba e Cateretês, registrou inúmeras letras de música caipiras, que ouviu em suas viagens, e que, sem esta obra, teriam caído no esquecimento. Cornélio Pires registrou também a influência da imigração italiana entrando em contato com o caipira. Cornélio Pires também registrou os termos caipiras mais usados em seu Dicionário do Caipira publicado na obra "Conversas ao pé do Fogo".
Cornélio Pires foi o primeiro que lançou, em discos de 78 Rpm, a música caipira, hoje chamada de "música de raiz", em oposição à música sertaneja e produziu cerca de 500 discos em 78 rpm.
Os seguintes termos servem de sinônimo para o caipira brasileiro (sendo alguns regionais):
araruama; babaquara; babeco; baiano; baiquara; beira-corgo; beiradeiro; biriba ou biriva; botocudo; brocoió; bruaqueiro; caapora; caboclo; caburé; cafumango; caiçara; cambembe; camisão; canguaí; canguçu; capa-bode; capiau; capicongo; capuava; capurreiro; cariazal; casaca; casacudo; casca-grossa; catatuá; catimbó; catrumano; chapadeiro; curau; curumba; groteiro; guasca; jeca; macaqueiro; mambira; mandi ou mandim; mandioqueiro; mano-juca; maratimba; mateiro; matuto; mixanga; mixuango ou muxuango; mocorongo; moqueta; mucufu; pé-duro; pé-no-chão; pioca; piraguara; piraquara; queijeiro; restingueiro; roceiro; saquarema; sertanejo; sitiano; tabaréu; tapiocano; urumbeba ou urumbeva.

MÚSICA CAIPIRA E CULTURA CAIPIRA

Música caipira


Sua música é chamada de música caipira, posteriormente, para se distinguir da música sertaneja, recebe o nome de "música de raiz" também é conhecida por 'música do interior'. o compositor Renato Teixeira, com sua composição "Rapaz Caipira", foi um dos responsáveis pela volta do nome "música caipira".
A música caipira tem uma temática rural, e, segundo Cornélio Pires que a conheceu em seu estado original, se caracteriza "por suas letras românticas, por um canto triste que comove e lembra a senzala e a tapera" mas sua dança é alegre". Entre suas mais destacadas variações, está a moda de viola. O termo "moda de viola" usado por Cornélio Pires é o mais antigo nome da música feita pelo caipira.
A música é geralmente homofônica ou, algumas vezes, no estilo primitivo do organum

Cultura caipira


Assim, bastante isolados, geraram uma cultura bem peculiar e localizada, e, por outro lado, preservaram muito da cultura da época em que o Brasil era uma colônia de Portugal. A chamada "cultura caipira" é fortemente caracterizada pela intensa religiosidade católica tradicional, por superstições e pelo folclore rico e variado.
O caipira usa um falar, o dialeto caipira que, muitas vezes, preserva elementos do falar do português arcaico (como dizer "pregunta" e não "pergunta") e, principalmente, do tupi e do nheengatu. Nestas duas línguas indígenas não há certos fonemas como o "lh" (ex: palha) e o "l" gutural (ex: animal). Por este motivo, na fala do caipira, a palavra "palha" vira "paia" e "animal" vira algo como "animar". Este modo de falar, o dialeto caipira, é também conhecido como tupinizado ou acaipirado.


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