quinta-feira, 13 de junho de 2013

Reservatório no subsolo tem água isolada há 1,5 bi de anos

Geologia

Pesquisadores encontraram elementos químicos essenciais à vida em meio à substância, indicando a possibilidade da água conter microorganismos

Descoberta de uma fonte de água de mais de 1,5 bilhões de anos no Canadá
Água foi encontrada vazando em uma mina no Canadá. Semelhança entre as rochas da região e Marte levantam a possibilidade de existir água do mesmo tipo preservada nas profundezas do planeta (J Telling/Divulgação)
Cientistas anunciaram nesta quarta-feira a descoberta de elementos químicos essenciais à vida em um depósito de água com pelo menos 1,5 bilhão de anos. A água, que até agora estava isolada em bolsões subterrâneos, vaza de dutos de perfuração de uma mina a 2,4 quilômetros da superfície, no subsolo de Ontário, no Canadá. "Esta água pode ser das mais antigas do planeta e, inclusive, conter vida", informou a equipe de estudiosos. A pesquisa foi publicada na revista Nature.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Deep fracture fluids isolated in the crust since the Precambrian era

Onde foi divulgada: periódico Nature

Quem fez: G. Holland, B. Sherwood Lollar, L. Li, G. Lacrampe-Couloume, G. F. Slater e C. J. Ballentine

Instituição: Universidade de Lancaster, na Inglaterra

Dados de amostragem: Análises químicas da água liberada em uma mina nas profundezas de Ontário, no Canadá

Resultado: Os pesquisadores descobriram que a água tem pelo menos 1,5 bilhão de anos e possui os elementos químicos essenciais à vida
Cientistas britânicos e canadenses analisaram a água e descobriram que era rica em gases dissolvidos, como hidrogênio e metano, capazes de sustentar a vida microscópica não exposta ao sol por bilhões de anos — como no leito do oceano.
Ao analisar sua composição química em laboratório, os estudiosos estimaram que ela tivesse pelo menos 1,5 bilhão de anos, provavelmente mais. As rochas em sua volta datam de cerca de 2,7 bilhões de anos atrás, mas até agora não se havia pensado que a água pudesse ter a mesma idade. "Nossa descoberta é de grande interesse para os cientistas que querem compreender como os micróbios evoluem em isolamento e é central para toda a questão da origem da vida, da sustentabilidade e da vida em ambientes extremos e em outros planetas", disse Chris Ballentine, pesquisador da Universidade de Manchester e um dos autores do estudo.
Os pesquisadores também afirmaram que a similaridade entre as rochas que aprisionaram o fluido e aquelas encontradas em Marte traz a esperança de que as substâncias também possam estar nas profundezas do planeta vermelho. "As descobertas podem nos forçar a repensar quais partes do nosso planeta são capazes de sustentar a vida", acrescentaram.
Segundo Greg Holland, pesquisador da Universidade de Lancaster e autor do estudo, já foram iniciados os trabalhos para descobrir algum sinal de microorganismos na água. "Podemos ter certeza de que identificamos um caminho no qual os planetas podem criar e preservar um ambiente favorável à vida microbiana por bilhões de anos. E isto independente de quão inóspita a superfície possa ser, abrindo uma possibilidade de ambientes similares na superfície de Marte", concluiu.
(Com Agência France-Presse)

Brasileiros descobrem estrela gêmea do Sol

Espaço

Dois bilhões de anos mais velha que o Sol, a estrela CoRoT Sol 1 pode fornecer pistas sobre o futuro do Sistema Solar

CoRot Sol 1
Representação artística da gêmea solar CoRoT Sol 1 e cronologia da evolução do Sol. A CoRot Sol 1, gêmea solar mais velha já descoberta, pode ajudar nos estudos sobre o futuro do Sol (do Nascimento et al)
Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) anunciaram a descoberta da uma estrela gêmea do Sol, dois bilhões de anos mais velha. A CoRoT Sol 1, como foi chamada, é considerada um astro irmão por ter massa e composição química muito semelhantes ao Sol. Ela é a gêmea solar mais madura e distante da Via Láctea já encontrada.
Observações feitas com o uso do telescópio Subaru, operado pelo Observatório Astronômico Nacional do Japão (NAOJ), sugerem que a estrela tem cerca de 6,7 bilhões de anos, contra aproximadamente 4,5 bilhões do Sol. Dados obtidos pelo satélite CoRoT (Convection, Rotation and planetary Transits) indicam que o astro tem um período de rotação de aproximadamente 29 dias, com cinco dias para mais ou para menos, enquanto o período de rotação do Sol é estimado em 27 dias, com dois dias e meio para mais ou para menos.
A CoRoT Sol 1 se localiza na constelação de Unicórnio, a 2.700 anos-luz de distância da Terra, e seu brilho é relativamente fraco. Outras gêmeas já descobertas, mais novas do que o Sol, têm brilho 200 vezes maior do que ela.
Futuro do Sol A descoberta de uma irmã mais velha pode ajudar os pesquisadores a estudar o futuro do Sol. "Em dois bilhões de anos, quando o Sol tiver a idade atual da CoRoT Sol 1, a radiação emitida por ele deve aumentar e tornar a superfície da Terra tão quente que não haverá mais água no estado líquido", afirma José Dias do Nascimento, professor do departamento de Física Teórica e Experimental da UFRN e principal autor do estudo.
O satélite CoRoT forneceu informações sobre mais de 250.000 estrelas.  A partir desse material, os pesquisadores da UFRN criaram métodos de seleção, até reduzir o número de candidatas a gêmeas solares a quatro, para que apenas uma, a CoRoT Sol 1, fosse escolhida. O número 1 indica que os pesquisadores esperam encontrar mais astros semelhantes ao Sol. "Temos uma lista de 100 boas candidatas, além de trinta que foram descritas no artigo", explica Nascimento.
A descoberta foi descrita em um artigo intitulado The Future of the Sun: An Evolved Solar Twin Revealed by CoRoT, que foi aceito para publicação no periódico Astrophysical Journal Letters.

Leia também: Astrônomo da USP revela estrela 'gêmea' do Sol

Astrônomos descobrem novo tipo de estrela

Espaço

Pesquisadores suíços captaram imagens de aglomerado com astros que brilham periodicamente. O novo tipo de estrela ainda não tem nome

aglomerado
O aglomerado NGC 3766 está localizado a 7.000 anos-luz da Terra. Ali, os pesquisadores encontraram um novo tipo de estrela variável, que desafia as teorias astrofísicas mais aceitas (ESO)
Astrônomos suíços descobriram um novo tipo de estrela a cerca de 7.000 anos-luz da Terra. Ao longo de sete anos de observação detalhada, eles perceberam variações muito pequenas, mas periódicas, em seu brilho — algo nunca visto antes. As observações revelaram características até hoje desconhecidas em estrelas, que desafiam as teorias atuais e trazem novas questões quanto a seu funcionamento interno. A pesquisa foi publicada na revista Astronomy & Astrophysics.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Stellar variability in open clusters I. A new class of variable stars in NGC 3766

Onde foi divulgada: periódico Astronomy & Astrophysics

Quem fez: N. Mowlavi, F. Barblan, S. Saesen e L. Eyer

Instituição: Departamento de Astronomia do Observatório de Genebra

Dados de amostragem: Cerca de 3.000 estrelas do aglomerado NGC 3766, localizado a 7.000 anos-luz da Terra

Resultado: Os pesquisadores descobriram que 36 estrelas apresentavam uma variação muito pequena, mas regular, em seu brilho.
Os pesquisadores da Universidade de Genebra utilizaram o telescópio Euler, instalado no observatório de La Silla, no Chile, para observar mais de 3.000 estrelas no aglomerado estelar NGC 3766, localizado na constelação de Centauro. Utilizando a grande precisão do equipamento, eles perceberam a existência de 36 estrelas que apresentavam uma variação regular muito pequena em sua luminosidade — da ordem de 0,1% de seu brilho normal. Essas variações aconteciam periodicamente, em períodos que vão de duas a vinte horas.
Os pesquisadores já conheciam muitas estrelas cujo brilho muda ao longo do tempo — elas são chamadas de estrelas variáveis ou pulsantes. Essa mudança em sua luminosidade é causada por alterações complexas em seu interior. Para estudar esse tipo de fenômeno, os pesquisadores criaram um novo campo da astrofísica, chamado astrossismologia, no qual eles tentam descobrir as propriedades físicas das estrelas a partir das alterações em seu brilho.
No entanto, eles nunca haviam observado esse tipo de variação acontecendo de forma periódica. “A própria existência dessa nova classe de estrelas variáveis é um desafio aos astrofísicos. Os modelos teóricos atuais predizem que sua luz não deveria variar periodicamente, então nossos esforços atuais estão voltados a descobrir mais sobre o comportamento desse estranho novo tipo de estrela”, diz Sophie Saesen, uma das pesquisadoras responsáveis pela descoberta. A nova classe de estrelas ainda não foi nomeada pelos astrônomos.

Saiba mais

AGLOMERADOS ESTELARES
Aglomerados ou nuvens estelares são grupos de estrelas. São classificados em dois tipos: os aglomerados globulares e os aglomerados abertos. Os globulares são agrupamentos esféricos que podem ter milhões de estrelas, algumas bastante antigas — apenas algumas centenas de milhões de anos mais jovens que o próprio universo. Já os aglomerados abertos são grupos mais dispersos de estrelas, que geralmente têm só algumas centenas de astros, bem mais jovens do que os encontrados nos aglomerados globulares.
Precisão suíça — Os pesquisadores ainda não têm certeza do motivo que leva a essa variação periódica no brilho, mas já formularam algumas teorias. Segundo o estudo, as estrelas giram a velocidades muito altas — maiores do que a metade de sua velocidade crítica, o limite a partir do qual as estrelas se tornam instáveis e começam a jogar matéria em direção ao espaço. “Nessas condições, o giro rápido tem um grande impacto em suas propriedades internas, mas nós ainda não somos capazes de modelar esses efeitos adequadamente”, disse Nami Mowlavi, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo.
A pequena variação na luminosidade das estrelas só foi detectada por conta da alta precisão do telescópio Euler, construído pelos pesquisadores suíços. Apesar de seu tamanho pequeno, medindo apenas 1,2 metro, as observações foram duas vezes mais precisas do que as obtidas em estudos semelhantes com outros telescópios. “Nós alcançamos esse nível de sensibilidade graças à alta qualidade das observações, combinada com a análise muito cuidadosa dos dados, mas também porque desenvolvemos um longo programa de observação, que durou sete anos. Provavelmente, não conseguiríamos ter esse tempo em um telescópio maior”, diz Mowlavi.


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