Não sei tão pouco como começar. E, para ser ainda mais objectivo, não sei como terminar. Desta vez decidi escrever sobre nada, rigorosamente nada. Deverão estar a indagar-se acerca da minha sanidade mental. Ou, ainda, acreditar que é tão louco aquele que escreve como o que está a perder o seu precioso tempo a ler. Proponho um desafio: vejamos quem consegue aguentar mais tempo, se o leitor se o autor. Porque, parecendo que não, o nada é uma mão cheia de completo vazio. Ou, para sermos ainda mais rigorosos, sabemos, hoje em dia, que o nada é igual ao zero, o que revela que nada é afinal alguma coisa. Quanto mais não seja, é o vácuo.