sexta-feira, 9 de novembro de 2012

DEPRESSÃO OU AUSÊNCIA DE EXPRESSÃO?




Recolha e ordenação de Helena Emilia.

Um dos maiores males da humanidade, a partir da revolução industrial, é o aparecimento da depressão. Veio como conseqüência de um novo modelo de sociedade imposta a homens e mulheres que passaram de sujeitos e peças de linhas de montagem. De protagonistas de suas vidas a seres cabresteados.
Com essa perda de autonomia houve uma castração da dimensão criativa e criadora das pessoas. Deixaram de visualizar e conceber o todo de suas obras, passando a meros parafusadores do pé de um lado da mesa. Não sabem mais como se faz toda a mesa...
Essa forma perversa de tratar os trabalhadores começou a fazer da compreensão de mundo que as pessoas passaram a ter. Conseqüentemente, mudaram as relações sociais e familiares. Essa redução do ser humano, determinada pelo capital, diminuiu também a qualidade e a essência das relações interpessoais.
A sociedade passou a experimentar um desconforto implícito, presente e escondido, que parecia não se saber como e de onde vinha. Só se sentia.
Alexandre Lorwen, médico terapeuta e autor do método terapêutico chamado bioenergética, diz que a falta de expressão (da auto-expressão) é uma da causas da depressão. Em seu livro Prazer: uma abordagem criativa da vida, Lowen fala do prazer, não o relacionamento à lascividade ou ao pecado, mas o prazer sinônimo de alegria e plenitude, a origem dos bons sentimentos e pensamentos. A ausência do prazer gera rancor, frustração e ódio, com a conseqüente perda do potencial criativo e a autodestruição.
O processo criativo esta diretamente relacionado ao prazer e à alegria. A pessoa viva é sensível e criativa. Tem um brilho nos olhos, vitalidade na expressão facial, seus movimentos são leves e fluem. A depressão é o contrario de tudo isso! A mobilidade e a espontaneidade são menores nos estados depressivos.
Precisamos estar atentos aos nossos sentimentos. O primeiro passo é não fugir das nossas emoções, reconhecê-las e aceitá-las para, num momento posterior, poder expressá-las com certa tranqüilidade. Mas a nossa sociedade nos joga pra fora de nós, pra outro lugar. A realidade social construída em cima do poder econômico nos torna apenas consumidores: consumo exagerado como forma de compensação, busca de poder sem se saber mesmo para quê, ditaduras de imagem do corpo, das casas, carros, celulares com inúmeras funções (que não iremos usar, mas precisamos tê-los), enfim, tantas coisas que não necessitamos, mas se não as tivermos seremos infelizes. E parece que as pessoas não são capazes de perceber que assim é que são infelizes.
O ser humano é reduzido! Para nos tornarmos consumidores, precisamos atender algumas exigências: renunciar a dimensão divina, especial e passarmos a nos comportar conforme as regras: ser competitivo, solidário e predador de sua própria espécie, como podemos observar no trânsito, nas empresas, nas escolas, como se a vida fosse um jogo de videogame em que, para se passar de fase, devêssemos eliminar um grande número de concorrentes! Que pena... Tristeza e sensação de vida vazia como sentimento constante. Desejo de superar o outro... É esse o caminho? Certamente que não!
Não existem respostas prontas, mas sim algumas que podemos nos fazer e provocar uma reflexão que possa nos movimentar. Sozinhos não podemos caminhar. Precisamos uns dos outros, como dizia o publicitário Carlito Maia. A solidariedade é uma das questões que se coloca. A outra é o quanto estamos em contato com nossos reais sentimentos e o que fazemos com eles. Somos fiéis a nós mesmos? Conseguimos viver no coletivo com solidariedade e respeito às diferenças? Escondemos o que sentimos de nós e dos outros? Nos deixamos seduzir pelos apelos que um mundo que apenas nos quer consumidores e seres sem reflexão?
Vamos adotar uma atitude de coragem e abertura diante da vida e seus desafios! Não coadjuvantes, mas protagonista que buscam a felicidade de sua própria espécie.
Helena Emilia.

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