Texto, recolha e ordenação de Helena Emília
O que a comunicação representa na vida das pessoas?
O tema comunicação é um dos mais discutidos nos dias de hoje, até porque nós
vivemos a era da comunicação, em uma sociedade mediada. Na verdade, a
comunicação se transformou quase que numa ambiência social.
Ela nos rodeia por todos os lados. Ela é como se fosse o ar que respiramos. Para todo lado que viramos, vemos a comunicação. A comunicação já é quase uma extensão, uma prótese do ser humano. E isso vai aumentando cada vez mais.
Agora, com as redes sociais, vemos pessoas que passam até dez horas por dia ligadas à rede. Já existem aparelhos de telefones celulares que incluem internet, televisão e outras redes: é convergência mediática.
As mídias sociais, as redes sociais, são um passo à frente e decisivo que muda qualitativamente a questão da comunicação no Brasil e no mundo.
Normalmente a idéia que se tem é que comunicação é quando se passa alguma informação de uma para o outro. Na verdade, esse conceito se modificou radicalmente e profundamente. E essa mudança nós devemos muito ao pensador brasileiro Paulo Freire, quando escreveu o livro Extensão e Comunicação.
A partir da ideia de que não há aquele que sabe mais e outro que sabe menos, mas há o que sabe uma coisa e outro que sabe outra coisa, comunicação implica necessariamente o diálogo, a aceitação do outro e a participação do outro. E é impossível uma verdadeira comunicação que seja de fato uma interação com as pessoas.
O verdadeiro papel da comunicação não é passar simples informações, é estabelecer o debate nacional. O papel do jornalista e do escritor é levantar dados, informações, para que as pessoas possam julgar com critérios e fundamentos.
Exemplo: a BBC de Londres é considerada como uma das melhores emissoras do mundo. Lá, uma noticia demora de cinco a sete minutos. O fato é apresentado e depois se começa a questionar, se contextualiza toda a problemática e não se dá respostas: quem vai formar opinião é o espectador e ou ouvinte da rádio. Isso é comunicação.
No Brasil, os jornalistas dos grandes veículos parecem deuses do Olimpo, como se estivessem a dizer ou ditar normas para a população. Os grandes telejornais se transformaram quase que em aulas de catecismo, em que o «grande Pai» passa no fim do dia para seus filhinhos, dizendo o que aconteceu e o que foi certo e o que foi errado. E isso é uma comunicação manipuladora, que não poderia ser chamada de comunicação.
As pessoas não são apenas recebedoras de mensagem na verdadeira comunicação, aquela que faz as pessoas pensarem. Fundamentalmente, comunicar é fazer a pergunta para as pessoas comecem a refletir.
A comunicação deve provocar para que se estabeleça o debate nacional de como nós queremos o nosso Brasil, a nossa cidade, a nossa sociedade. O Evangelho, na Bíblia, é um bom exemplo de verdadeira comunicação. Jesus apresenta uma mensagem em forma de parábolas, de enigmas que fazem as pessoas refletirem.
Já na sociedade grega só recebia o titulo de cidadão aquele que falasse que levantasse e apresentasse o seu projeto.
Os meios de comunicação hoje são a nova praça, a nova Agora, encarregados de estabelecer esse debate nacional, em que todo povo deve opinar, expressar sua opinião, manifestar seu pensamento.
E é interessante ver a relação que existe entre comunicação e educação. Freire dizia que educação consiste em fazer perguntas e não em dar respostas; consiste em problematizar. Depois, através do diálogo, vai se discutindo e crescendo juntos. Essa é a questão séria da comunicação e, paralelamente, da educação. Alias, comunicação e educação são irmãs gémeas.
O segredo é fazer que todos falem, porque todos têm projetos, opiniões, pensamentos. Daí que, quase misteriosamente, surgem alternativas para solução dos problemas. Isso é fantástico e isso é de fato a comunicação: todos têm um saber. O meio deve propiciar a chance de falar.
Helena Emilia.
Ela nos rodeia por todos os lados. Ela é como se fosse o ar que respiramos. Para todo lado que viramos, vemos a comunicação. A comunicação já é quase uma extensão, uma prótese do ser humano. E isso vai aumentando cada vez mais.
Agora, com as redes sociais, vemos pessoas que passam até dez horas por dia ligadas à rede. Já existem aparelhos de telefones celulares que incluem internet, televisão e outras redes: é convergência mediática.
As mídias sociais, as redes sociais, são um passo à frente e decisivo que muda qualitativamente a questão da comunicação no Brasil e no mundo.
Normalmente a idéia que se tem é que comunicação é quando se passa alguma informação de uma para o outro. Na verdade, esse conceito se modificou radicalmente e profundamente. E essa mudança nós devemos muito ao pensador brasileiro Paulo Freire, quando escreveu o livro Extensão e Comunicação.
A partir da ideia de que não há aquele que sabe mais e outro que sabe menos, mas há o que sabe uma coisa e outro que sabe outra coisa, comunicação implica necessariamente o diálogo, a aceitação do outro e a participação do outro. E é impossível uma verdadeira comunicação que seja de fato uma interação com as pessoas.
O verdadeiro papel da comunicação não é passar simples informações, é estabelecer o debate nacional. O papel do jornalista e do escritor é levantar dados, informações, para que as pessoas possam julgar com critérios e fundamentos.
Exemplo: a BBC de Londres é considerada como uma das melhores emissoras do mundo. Lá, uma noticia demora de cinco a sete minutos. O fato é apresentado e depois se começa a questionar, se contextualiza toda a problemática e não se dá respostas: quem vai formar opinião é o espectador e ou ouvinte da rádio. Isso é comunicação.
No Brasil, os jornalistas dos grandes veículos parecem deuses do Olimpo, como se estivessem a dizer ou ditar normas para a população. Os grandes telejornais se transformaram quase que em aulas de catecismo, em que o «grande Pai» passa no fim do dia para seus filhinhos, dizendo o que aconteceu e o que foi certo e o que foi errado. E isso é uma comunicação manipuladora, que não poderia ser chamada de comunicação.
As pessoas não são apenas recebedoras de mensagem na verdadeira comunicação, aquela que faz as pessoas pensarem. Fundamentalmente, comunicar é fazer a pergunta para as pessoas comecem a refletir.
A comunicação deve provocar para que se estabeleça o debate nacional de como nós queremos o nosso Brasil, a nossa cidade, a nossa sociedade. O Evangelho, na Bíblia, é um bom exemplo de verdadeira comunicação. Jesus apresenta uma mensagem em forma de parábolas, de enigmas que fazem as pessoas refletirem.
Já na sociedade grega só recebia o titulo de cidadão aquele que falasse que levantasse e apresentasse o seu projeto.
Os meios de comunicação hoje são a nova praça, a nova Agora, encarregados de estabelecer esse debate nacional, em que todo povo deve opinar, expressar sua opinião, manifestar seu pensamento.
E é interessante ver a relação que existe entre comunicação e educação. Freire dizia que educação consiste em fazer perguntas e não em dar respostas; consiste em problematizar. Depois, através do diálogo, vai se discutindo e crescendo juntos. Essa é a questão séria da comunicação e, paralelamente, da educação. Alias, comunicação e educação são irmãs gémeas.
O segredo é fazer que todos falem, porque todos têm projetos, opiniões, pensamentos. Daí que, quase misteriosamente, surgem alternativas para solução dos problemas. Isso é fantástico e isso é de fato a comunicação: todos têm um saber. O meio deve propiciar a chance de falar.
Helena Emilia.
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