Como um pêndulo que balança
volta, reviravolta, dança
o ramo frágil da árvore secular
onde cada folha teima em tremelicar
cada flor se abre sorridente
cada pétala mostra sua cor ardente!
Como um pêndulo oscilante
pica, repica, salpica
em cânticos mágicos, sensuais
cada remoinho de círculos iguais
cada gota das ondas sinuosas
cada orvalho em tuas pernas clamorosas!
E oscila, oscila o pêndulo no ar
vertical, frenético, enquanto teu colar
se desfia em pérolas pelo chão
e nós, pés na areia junto ao lânguido mar
viajamos, mergulhados na imensidão
tua mão terna em minha mão!
MÁRIO MATTA E SILVA
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