Espero-te na noite escurecida
pelo dia, que se fez mágoa sofrida
Espero-te, depois do longo dia
Como punhal que corta o vento
junto a mim, sinto a brisa
Facas aguçadas, para mim apontadas
agulhas percorrendo meu sangue, assustadas.
Meu corpo frágil, ergue-se dos sucessivos açoites
As marés, a lua cheia... agride a corrente errante
do negrume silencioso.
Viste-me de esquecimento, as palavras
que em turbilhão atacam
dentro e fora do coração.
Percebi finalmente, que tinha entrado para viver
na horrenda e derradeira escravatura,
Qual gume...
que despedaça a mais minúscula réstia de amor
em algures dentro mim...vagueava
Meus pés empurrados por mentiras e trapaças
aguentaram-se ás desgraças
do homem sem escrúpulos
rico em ameaças, e
maus tratos, que em mim... aplicava.
Mostrando-se como sócio cruel do amor.
Porém a todos os outros, ele mostrava -se, um sedutor!
O monstro que nele vive, alaga-lhe as veias.
O amor deveria ser um prazer, um perfume...
porém por vezes é
sofrimento, fúria, desalento, azedume!...
Ainda hoje, cruzo-me com rasgos de sombras!
Espelhos na alma, albergando o egoísmo e ciúme
neste grupo, que se dá o nome de sociedade!
Meu Deus! Quanta maldade!...
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