Se eu pudesse gritar alto
A dor que no peito me pega de sobressalto
Ele seria tão grande em sua extensão
Que poderia chegar, não sei, quem sabe, até ao seu coração...
A dor desse grito magoado e guardado
Remexe com tudo que na vida foi alinhado
Desorganiza o peito numa dor descomunal
E as tuas palavras e atos entram afiados como um punhal...
O grito preso na garganta de quem cala
Dói uma dor que aperta o coração e me deixa sem fala
Tritura a voz e aumenta o nó e o som da garganta não vai
Arrepia o corpo da alma e mata a calma da dor que não sai
Aprisionar um grito no peito da essência
É matar tudo que no sonho se alimenta
É prender a alma no cárcere da vida
É calar a dor no peito aumentando a ferida...
A tristeza do peito aumenta o estado de humor
Acelera o metabolismo afetando o sono que não chegou
Falta-nos o apetite do alimento da alma e do espírito
Mata a vontade de viver e a voz da vida foge no silêncio do grito...
O grito guardado na essência da alma
Não trás nada que possa amenizar a dor e nem acalma
Teus atos, palavras, mensagens em negrito
Mata devagar e sem pena tudo que de amor no meu peito foi sentido...
Kácia Pontes – 02/05/2011
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